Feliz em anunciar que o livro "Gauchismo Líquido: reflexões contemporâneas sobre a cultura do Rio Grande do Sul" vem aí pela Editora Coragem! A pré-venda iniciou no dia 20 de setembro, anunciada através de um show online na Livraria Padula Livros em Porto Alegre, e o lançamento do mesmo está previsto para novembro.
Devido a isto os textos aqui do blog estão passando por edições e atualizações e não estão mais disponíveis, pois os conteúdos mais significativos estarão nessa edição impressa, acompanhados de novos textos. Então não deixe de adquirir agora mesmo o seu exemplar no site da editora Coragem: aqui.
Gauchismo Líquido é o primeiro livro da doutora em etnomusicologia e compositora Clarissa Ferreira, e traz reflexões sobre a cultura do Rio Grande do Sul, pensando sobre suas construções identitárias e representações na música e na literatura. “Líquido” vem do sociólogo Bauman, quando se refere à contemporaneidade, onde nada é feito para durar, para ser “sólido”, contrariando entendimentos estanques sobre tradição.
Os textos trazem temas diversos em formato de ensaio, artigo ou crônica repensando a cultura gaúcha com a lente do presente. Como principais temas temos a representação das mulheres na música e literatura gauchesca, a constituição do estilo e entendimento estético do que passou a se considerar música gaúcha, entre algumas visões críticas sobre como se constitui essa cultura na complexa teia da indústria cultural.
Os conteúdos de Gauchismo Líquido vem sendo desenvolvidos desde 2014 nos formatos texto, podcast e vídeo, e ganharão versão em livro através da Editora Coragem de Porto Alegre, trazendo alguns dos conteúdos mais significativos desse período, além de textos inéditos. O projeto tem edição de Thomas Vieira, preparação e revisão de Luise Fialho, artes e ilustrações de Clara Trevisan e capa de Evelyn Abs.
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ResponderExcluir16/01/25 Estou lendo o Gauchismo líquido. E adorando. Está me acrescentando muito. Parabéns. Tenho duas breves observações no capítulo Mulheres no RGS: na p. 107, último parágrafo, passou um "houveram". Na p. 106 no terceiro parágrafo, dizes que "não havia gado aqui" (no povoamento do RGS, no momento da demarcação de fronteiras). Ao contrário,havia gado suficiente, a ponto de sustentar mais uma incursão "paulista" em busca desses rebanhos - eram as vacaria deixadas para trás na partida dos Guarani e jesuítas após 1776, quando da efetiva implementação do Tratado de Madrid. Para alimentar as reduções Guarani, havia dois locais de criação de gado - na região onde hoje é Bagé e arredores e na região hoje Vacaria. Eram chamadas, justamente, de vacaria. E mantidas distantes dos Sete Povos para que lá fosse possível a agricultura, num tempo sem arável para cercá-la. Quando jesuítas é Guarani passaram para a hoje Argentina, a maior parte desse gado ficou aqui, dispersa, alimentando os indígenas que não haviam sido "reduzidos" pelos padres. Muito gado.
ResponderExcluirAbraço e parabéns pelo pioneirismo.
Olá, Clarissa. Encontrei uma imprecisão no último parágrafo da p. 121. Teixeirinha nunca foi formalmente casado com Mary Terezinha. Era casado com Zoraida, desde 1957, com quem teve sete filhos. As duas famílias moravam na mesma rua, a pouca distância, e Teixeirinha alternava-se entre Zoraida e Mary. Ele manteve a bigamia (pública) até início de 1984, quando foi abandonado por Mary. Zoraida continuou com ele até a morte do cantor, em 1985.
ResponderExcluirFiz um programa com ele para a TV Bandeirantes, em 1985. Ele falava de Mary, raivoso, como um apêndice seu, como "a sua" gaiteira, não como uma musicista, uma artista. "Se não fosse eu, ela estaria levantando o vestidinho na beira da estrada", me disse.
Na p. 122 - Mary não foi vítima "apenas" de abuso. Houve pedofilia por pelo menos seis anos, antes que ela completasse 18 anos.